Do Hackathon da NASA à Liderança Técnica Global: Minha Jornada Dev

E aí, pessoal! Sou Gabriel Santo, criador do Devly, e hoje vou abrir o jogo sobre a minha própria trajetória. Muita gente pergunta como é possível sair do mercado BR e alcançar um patamar legal trabalhando pra gringa, ganhando em dólar. Não tem fórmula mágica, mas tem caminho, tem 'ralação' e tem estratégia.

Quero compartilhar minha história não pra me gabar, mas pra mostrar que é totalmente possível para o Dev BR jogar no nível global e ser MUITO bem recompensado por isso. Minha meta é que essa história te inspire e te dê insights práticos pra sua própria jornada.

Pra mim, um grande ponto de virada foi em 2019. Ainda na faculdade, liderei uma equipe no NASA Space Apps Challenge. A gente desenvolveu um app em React Native (o 'nasaOnFire') pra ajudar a prevenir incêndios usando dados da NASA. Foi uma correria, mas conseguimos criar um MVP funcional e, pra nossa surpresa (e alegria!), fomos um dos times vencedores globais! A própia NASA deu um apoio direto depois, com acesso à API deles.

Além da honra absurda, essa conquista me deu uma visibilidade inesperada e, mais importante, a confiança de que 'opa, acho que a gente consegue fazer umas coisas legais por aqui'.

Logo depois da faculdade e com a 'moral' do prêmio da NASA, consegui meu primeiro trampo como Dev Jr numa consultoria em Brasília em maio de 2020. E a parada já começou intensa! Pouco tempo depois, em junho de 2020, já estava alocado (ainda como Jr/Pleno iniciando) em um projeto para um cliente internacional gigante. Fui jogado na fogueira, muitas vezes sendo o único ou um dos poucos devs BR no meio de times globais.

Tiveram muitos desafios no processo, bugs inesperados, pressão... foi onde aprendi na marra a importância do 'ownership', de me comunicar claramente (mesmo com inglês capenga no início) e, principalmente, de aprender com os erros e não ter medo de resolver B.O. grande. Foi ali que otimizei uma API Rails que deu um boost de 3.5x na performance e ajudei a salvar um projeto React que travava direto.

Esse período inicial foi fundamental. Fui crescendo rápido de Júnior para Sênior na primeira consultoria. Percebi que não adiantava só codar. Comecei a:

• Melhorar a Comunicação: Agarrei a chance de ser host no podcast de tecnologia da empresa. Falar pra galera me forçou a estruturar ideias e me comunicar melhor (e meus episódios tiveram a maior retenção, modéstia à parte! hehe).
• Ensinar e Mentorar: Comecei a mentorar colegas e estagiários, ajudei a reformular o programa de estágio (que teve 62% de efetivação!) e até ganhei um prêmio interno de ensino. Ensinar é uma das melhores formas de aprender e solidificar conhecimento.
• Ampliar o Leque Técnico: Contribuí para a biblioteca de UI interna (NUI), criei ferramenta CLI em Python, liderei time no desenvolvimento de um job board unificado com React, TypeScript e Rails. Fui me tornando um profissional mais completo.

Com essa bagagem, busquei desafios ainda maiores em empresas com foco 100% internacional. Passei por outra consultoria internacional, onde atuei como único dev full-stack em múltiplos times, padronizei ambientes com Docker e até achei e corrigi falhas de segurança críticas (SQL Injection!). Depois, veio a oportunidade atual numa startup gringa, onde entrei como Staff Engineer / CTO-like.

Foi um desafio GIGANTE: sem time técnico, precisei arquitetar e lançar o produto principal sozinho, dominar o full-stack (Rails, React/Next, Postgres), criar dashboards internos e entregar otimizações brutais (tipo melhorar um processo em 21 VEZES!).

Hoje, colho os frutos dessa jornada, atuando em nível estratégico e tendo multiplicado meu potencial de ganho várias vezes em relação ao mercado BR. Mais importante que o número, é a liberdade e as opções que isso proporciona – e é isso que quero te ajudar a buscar.

E continuo aprendendo, fazendo um MBA na FGV e tocando projetos pessoais como o Timely Calendar. A grana é ótima, mas a liberdade, as opções e o reconhecimento pelo seu trabalho em escala global são recompensas ainda maiores.

• Atitude >>>> Tudo: Ser proativo, dono da responsa, curioso e resiliente vale mais que saber a última framework da moda. Foi isso que me abriu portas mesmo quando meu inglês ou skill X não eram perfeitos.
• Comunicação é Poder: Saber se comunicar bem (principalmente em inglês e de forma assíncrona) é um superpoder no mundo remoto. Invista nisso! O podcast me ajudou DEMAIS.
• Erro é Professor: Cada bug, cada feedback duro (lembro de uns... hehe), cada projeto que deu errado foi uma lição valiosa. Abrace o processo de aprender com as 'porradas'.

Essa foi minha jornada (até agora!). Não foi uma linha reta, teve muito perrengue, estudo e trabalho duro. Mas o ponto principal é: se eu consegui, saindo do Brasil, você também consegue. O Devly nasceu dessa vontade de condensar esses aprendizados e te dar um caminho mais direto, sem firula. Espero que minha história te inspire a começar (ou acelerar) a sua!