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Emanuel Ribeiro: Das 14h/dia como PJ ao Salário em Dólar com DevOps

A jornada de Emanuel Ribeiro na transição para DevOps/Cloud e o mercado internacional: desafios e aprendizados.

Atualizado em: 04 de Maio, 2025

Introdução: A Trajetória de Emanuel

Conheça a história de Emanuel Ribeiro, um profissional que trilhou um caminho impressionante desde a administração de sistemas até se tornar um DevOps/Cloud Engineer atuando no mercado internacional. Sua jornada é repleta de desafios técnicos, aprendizados e uma transição bem-sucedida para tecnologias de ponta.

Entrevista Completa

Assista à conversa completa onde Emanuel detalha sua jornada, desafios e dicas para quem busca uma carreira em DevOps/Cloud no cenário global.

Resumo Profissional: Gerando Valor Global com DevOps/Cloud

Emanuel Ribeiro não é 'só mais um' DevOps/Cloud Engineer; ele é um especialista em traduzir tecnologia em resultado para o cenário global. Atuando na FlatIron, ele domina Infraestrutura como Código (Terraform/Terragrunt) e arquiteturas serverless na AWS (ECS, Lambda), não apenas como ferramentas, mas como meios para construir soluções escaláveis e eficientes que atendem demandas internacionais.

Sua capacidade de gerar impacto ficou evidente em projetos cruciais, como a migração estratégica de sistemas legados para Kubernetes (on-prem e AWS EKS). Essa iniciativa não foi apenas técnica: resultou em melhoras drásticas na estabilidade, velocidade de deploy e otimização de custos – métricas essenciais que brilham os olhos de qualquer empresa gringa.

Com automação CI/CD (GitLab CI/CD, Helm, Docker) no DNA e fluência em Python/Bash, Emanuel prova que a combinação de expertise técnica profunda com uma visão focada em otimização e colaboração é o que abre as portas para o mercado internacional e para salários competitivos em dólar.

Ouça o próprio Emanuel detalhar mais sobre esses projetos e sua jornada na entrevista completa disponível nesta página!

Transcrição da Entrevista

Clique para ler a transcrição completa da entrevista
Introdução e Propósito das Entrevistas Gabriel: E aí galera, beleza? Esse aqui vai ser a primeira entrevista que eu vou fazer dentro do Devly. Basicamente, a ideia dessas entrevistas vai ser a gente poder conversar com pessoas que já ganham em dólar, e a gente poder ter uma noção de como foi a carreira delas, como foi o processo seletivo para elas conseguirem ganhar em dólar, como é que tá a vida delas hoje em dia, como é que era antes... Ter uma noção geral assim, de como as pessoas também podem, não só ver na internet que pessoas ganham em dólar, mas tornar isso uma coisa partível, sabe? Esse é o foco da nossa conversa hoje aqui. Eu queria dar boas-vindas aqui ao Emanuel. Muito obrigado, cara, por colar aqui! Emanuel: Salve galera, beleza? Emanuel aqui. Cara, muito bom estar aqui no Devly podendo compartilhar com as outras pessoas que estão buscando essa mentalidade de crescer a carreira também. Principalmente porque não tem preço ganhar em dólar, cara. É realmente qualidade de vida diferente, é qualidade de oportunidade de crescimento no geral diferente. Eu acho que vai ser muito construtivo para qualquer um que tá aqui. A Trajetória Inicial em TI Gabriel: Pô massa, cara! Assim, só pra começar, eu queria tentar entender mais ou menos a sua trajetória. Como que você começou na área de TI? E vamos assim, de passo a passo, até chegar mais ou menos nesse período agora que você tá, pra gente ter uma noção de quais foram os desafios que você passou, técnicos, de processo seletivo... Mas vamos fazer mais oumenos baseada nisso. Emanuel: Pô cara, eu comecei no mundo de TI, entrei na faculdade e logo no meu segundo semestre consegui um estágio para trabalhar num órgão governamental da minha cidade. Porém, eles não estavam precisando de gente para desenvolver, então acabei caindo pra área de infraestrutura. Nessa área de infra, fui fazendo uns projetos que tinham que ser feitos lá, sugeri melhorias e tal. Aí, por volta de uns três meses lá, eles me efetivaram porque gostaram das melhorias que eu tinha sugerido. Entrei lá dentro, cresci relativamente bastante, fui sendo promovido diversas vezes, até que chegou um ponto que eu vi que ali eu tava estagnado na carreira. Porque mesmo recebendo promoções, era como se o salário não aumentasse. Eu recebia promoções, promoções, mas eram aumentos insignificantes. Então eu comecei a pensar: "Nossa, preciso arranjar outro emprego. Talvez por ser governamental eu não consiga um crescimento tão bom". A Experiência na Indústria Privada e a Virada de Chave Emanuel: Fui procurar outro emprego, procurando, procurando, até que um amigo meu falou: "Cara, vou sair aqui da minha empresa atual e vai abrir minha vaga, você quer entrar?". Como era uma empresa da indústria privada, eu: "Pô, com certeza gigante, aceito!". Daí eu entrei lá. Meu salário aumentou muito pouco, cerca de R$ 1.000. E cara, fiquei lá acho que um ano. E foi muito desgastante, muito desgastante. Tinha dias que era 14, 16 horas de trabalho. Isso que quando começou era uma exceção, virou minha realidade bem rapidinho. Era todo dia, todo dia. E você via que você dava o sangue e o reconhecimento nunca vinha. Então chega uma hora que você começa a ficar meio pra baixo. Foi aí que me deu a virada de chave. Eu falei: "Cara, talvez o problema não seja o lugar público e não seja a indústria privada. Talvez o problema seja a empresa brasileira, tanto em questão de ganho quanto em questão de cultura". E aí eu comecei a aplicar para fora. Buscando Vagas Internacionais: Desafios Iniciais e LinkedIn Emanuel: Quando eu comecei a aplicar para fora, eu não tava conseguindo entrevista nenhuma, não tava conseguindo nada. Aí eu pensei: "Cara, tá na hora de eu dar uma repaginada no LinkedIn, refazer meu currículo, revisar toda a minha imagem profissional". Beleza, refiz meu LinkedIn, refiz meu currículo, fui atrás de pessoas que eu sabia que já tinham conseguido oportunidades no exterior. Então comecei a me basear muito no perfil delas, como elas faziam as coisas. E fora que, desde sempre, eu já tinha um inglês mais do que intermediário, então isso também me ajudou muito, que eu já não tive que ir atrás disso. Aí eu comecei a aplicar para vagas de fora e comecei a conseguir entrevistas. O Choque com as Entrevistas Internacionais Emanuel: Comecei a conseguir entrevistas, só que logo de cara eu percebi que o formato de entrevistas de empresas estrangeiras era muito diferente do Brasil. Muito diferente. Tinham entrevistas com testes técnicos muito mais técnicos que os nossos. Por exemplo, aqui geralmente o cara fala: "Ah, se você sabe o conceito X, Y...". Vez ou outra alguma empresa vai te pedir para demonstrar esse conceito na prática. Lá não. O cara quer que você saiba como tá no papel, você tem que saber os termos, você tem que saber como faz, você tem que mostrar como tudo interage. Você não pode saber só a prática ou só a teoria, [tem que] mostrar como os dois mundos se encontram. Então, por causa disso, eu fiz muitas entrevistas e falhei em muitas entrevistas. Porque eu tinha muitas coisas que é o caso clássico do brasileiro, né? Você sabe fazer, mas você não sabe explicar. E isso realmente me pegou muito, me pegou muito. Então eu comecei a estudar, principalmente esse lado mais técnico para saber o que que tinha que falar. Lembro até hoje de uma entrevista que eu fiz com uma empresa de moda lá de Portugal... Era a Farfetch, lembrei agora. E eu já tinha trabalhado com redes e infra durante muito tempo, e o cara me fez na época uma pergunta muito básica e eu não sabia responder, porque ele usou o linguajar técnico. E eu fiquei tipo: "Mano, não sei". Ali eu vi que: "Cara, preciso completar esse ciclo, porque senão não vai ter como". E aí eu comecei a estudar mais, completar esse ciclo. Perseverança e a Primeira Conquista (Quase) Emanuel: Até que teve uma entrevista que foi de quatro etapas e eu passei. E aí o cara ficou de me dar a resposta em uma semana. Passou uma semana, o cara falou que tinha achado um candidato que se adequava melhor à vaga. Aí tipo, é aquela [sensação], galera. Tem hora que você acha que conseguiu, e aí o cara vem e te fala: "É, não é bem assim". Então, mesmo que aconteça isso, não desanime. Aliás, fiquem mais animados, porque passar na última etapa é mais difícil. Só que sempre tem algum cara que ou tem um currículo um pouquinho melhor que o seu, ou pediu um salário menor, depende da empresa. A Vaga Atual e a Diferença Cultural Emanuel: Mas até o meu patamar de onde eu cheguei hoje... Hoje trabalho numa empresa americana. Eu tenho um amigo meu, aquele meu primeiro colega que me ofereceu para ir para a indústria privada, ele entrou nessa empresa antes. E aí depois de mais ou menos um ano e pouco lá dentro, eles têm um programa de indicação. E aí ele me indicou. Fiz entrevista direto com o CEO, porque ele trabalha diretamente abaixo do CEO. Isso é outra diferença muito grande das empresas brasileiras para as de fora. Por exemplo, aqui é muito difícil você ter líderes que são técnicos. Lá é muito comum. E daí, como o cara já era técnico, eu fiz a entrevista diretamente com ele. Passou dois dias, ele já me deu a resposta que eu poderia começar. Ele me ofereceu um pouco abaixo do salário que eu pedi, só que mesmo ele me oferecendo um pouco abaixo, o meu salário já tinha multiplicado cinco vezes. Então quem que ia dizer não, né? E cara, vou ter que te falar que depois que eu comecei a trabalhar para essa empresa americana, nunca mais aconteceu o problema de trabalhar 16, 14 horas por dia. Aliás, teve muitas vezes que a gente estava trabalhando depois do horário e a chefia falava: "Não, a gente não quer que você trabalhe depois do horário. Pode ir, a gente continua amanhã". Isso foi uma diferença... A galera foca muito na diferença do dólar, mas essa é uma diferença cultural que você sente muito. É um negócio que você se sente bem assim, você se sente valorizado. Gabriel: [ __ ] legal cara. Se quiser falar mais alguma coisa pode falar, aí depois eu vou trazer uns pontos que eu acho interessante que você falou. Emanuel: Pode levar pros outros pontos, cara. Reflexões: Privilégio do Inglês e Poder do LinkedIn Gabriel: Tem uma coisa que você falou que eu acho muito interessante, que foi que você manja muito bem de inglês. Se você sabe falar bem inglês, você teve um privilégio que, querendo ou não, no Brasil, saber inglês é um privilégio muito grande. E eu acho que se você sabe disso, pô, você já tá 50% no caminho para conseguir pegar um trampo em dólar, porque você já eliminou uma das principais barreiras, que é a da linguagem. Você ainda pode ter desafios técnicos, comportamentais, mas isso você consegue aprender com o tempo. Teve uma outra coisa que você falou que eu achei muito interessante, que é a questão do LinkedIn. Isso vai ser uma coisa que aqui no Devly eu vou fazer uma sessão inteira sobre como montar o LinkedIn de uma forma que você vai conseguir aparecer mais nos resultados de pesquisa para recrutadores. Foi uma coisa que, pelo menos assim, eu fui fazendo com o tempo e consegui um resultado muito bom, tanto que acabo recebendo vários inboxes. Emanuel: Cara, é um negócio que... Esse negócio do LinkedIn é como se fosse mágica, cara. Quando você começa a chegar perto do ideal assim, cara, é mágica. Porque você pensa: "Cara, eu não aprendi nada muito maior, eu só mudei meu LinkedIn", e começa a vir oferta, começa a vir oferta... Gabriel: Mas é muito isso mesmo, cara. Para mim também foi muito assim na época. A Jornada Longa e a Importância de Não Desistir (e Pedir Feedback) Gabriel: E tem uma coisa que você falou também, que é uma coisa muito específica que eu já passei também, e que me fez falhar muitas vezes: para eu conseguir do período em que eu comecei a fazer entrevistas até pegar um trampo em dólar, cara, foram três anos. Foram muitas entrevistas até um ponto em que deu bom. E você vai... Acho que o importante, igual você falou, é não desistir. É você pegar o que você tá aprendendo com cada entrevista e garantir que na entrevista seguinte você consiga aplicar aquilo. Tenta pegar o feedback na entrevista que você não passou. Muitas vezes você vai ser ignorado, mas se você conseguir, tenta mandar [mensagem] e falar: "Velho, manda um feedback, deixa eu tentar entender por que que eu não passei, deixa eu tentar melhorar". Porque aí você vai saber exatamente quais pontos você pode melhorar pra próxima. Emanuel: Nessa entrevista que eu falei da Farfetch, foi exatamente isso que aconteceu. No final da entrevista, eu já tinha percebido: "Cara, aqui já não deu". Na própria entrevista eu já virei pro cara e falei: "Cara, vou ser sincero com você, acho que já falhei nessa entrevista e queria saber o que que você me indica para eu melhorar? Que que eu precisaria saber para ter passado?". E o cara falou super na boa, ficou super tranquilo, me deu um feedback super joia, me indicou vários materiais para estudar. Então galera, essa é outra dica: não tenha medo do entrevistador. Muitas vezes o cara tá ali para te ajudar. Gabriel: Exatamente. Isso acho que é uma coisa muito importante. A pessoa tá ali, obviamente ela vai te avaliar, mas dentro do possível ela vai te ajudar. Tipo, ah, beleza, eu não sei explicar exatamente tal coisa em termo técnico... Pô, tenta dar uma contornada, fala: "Pô, eu sei disso aqui, disso aqui, acho que seria alguma coisa mais ou menos assim". Acho que isso diferencia a gente muito como brasileiro, porque a gente consegue meio que se desenvolver, se desenrolar. A gente pode não saber exatamente como traduz algum termo, mas a gente consegue se desenrolar. Acho que é uma cultura muito latina de saber se desenrolar. Emanuel: É, é um negócio de ir atrás de resolver o problema e pronto, não preciso ter uma base muito forte. Você procura entender, junta as peças e resolve na hora. Stack Técnica: Evolução e Tecnologias Atuais Gabriel: Uma coisa que eu queria te perguntar: você falou que começou na área de infra. Quais eram as stacks que você começou a trabalhar, quais utilizou ao longo do caminho e quais são as stacks que você tá usando hoje? Só para ter uma noção para quem tiver ouvindo. Emanuel: Cara, lá quando eu comecei no órgão governamental, a galera usava tecnologias jurássicas. Coisas que eu mexia no dia a dia: muito Red Hat Linux, redes (tinha ponto que eu tinha que realmente fazer cabeamento de rede, rack de servidor). Mexia muito também com sistema de versionamento – foi o que me garantiu a promoção. Os caras não usavam Git, eles usavam SVN. O SVN funciona diferente do Git, você meio que tem que 'alugar' o arquivo, isso não promove cultura colaborativa. O que me garantiu a primeira promoção foi isso. Eu falei: "Galera, a gente já tá em 2020, né? O Git já existe". Implementei o GitLab lá, subi o servidor (eu também era responsável por isso, tinha que subir VM, requisitar recurso, administrava o data center). Mexia com Windows Server, Ubuntu Server, Red Hat Linux, usava Hyper-V para criar máquina virtual (não recomendo, é uma bosta). Subi um GitLab, apresentei pra galera: "Cara, o Git funciona assim, vou ensinar vocês". Pô, a galera super gostou. Começaram a ver que eu tava trazendo novidades boas. Aí os caras falaram: "Ah, tem uma posição aqui em tempo integral". Depois fui promovido quando comecei a implementar containerização. Os caras tinham o deploy mais clássico: uma VM para cada app. Eu falei: "Mano, não precisa ser assim, vocês podem usar container". Apresentei o Docker pros caras, [eles acharam] "nossa, futuro!". Quando eu saí de lá, estava começando a implementar Kubernetes. Foco em Cloud e Kubernetes (e Certificações) Emanuel: Quando eu estava começando a implementar Kubernetes, meu amigo me chamou para ir pra empresa dele. Essa empresa já usava [Kubernetes], então: "Opa, oportunidade de aprender algo que eu quero, então eu vou". Fui para essa empresa. Minha stack virou quase 100% coisas de cloud. Quase, porque teve um cliente que, por mais que usassem coisas de cloud, tinham a infra deles toda no data center, mas eu não mexia nesse data center. Aí virou praticamente Kubernetes durante esse ano que eu fiquei lá. Tudo dos caras era Kubernetes. Eles usavam AWS também, mas mesmo os clientes que não usavam cloud, usavam Kubernetes. Para mim, o Kubernetes foi muito importante. Tanto que teve diversas entrevistas que eu consegui para fora, principalmente para empresas europeias. Não sei se nos Estados Unidos é tão comum, mas na Europa com certeza. Esse era outro detalhe também: depois que eu atualizei meu LinkedIn, eu não tive tanto que ir atrás, era mais recrutadores que me abordavam. E como eu tinha Kubernetes no meu perfil, só vinha entrevista. Porém, uma coisa que eu notei também é que, por mais que eu demonstrasse conhecimento da stack, lá fora eles valorizam muito a questão do certificado. Tinha entrevistas que o cara perguntava: "Ah, você tá tirando a CKA [Certificação de Kubernetes] ou planejando tirar?". Como eu não tinha, o cara falava: "Ah, a gente gostou do seu currículo, mas precisávamos de um profissional certificado". Imagino que seja por questões de contrato. Mas isso é um ponto bem importante. Certificado lá fora leva bastante [em conta] questão de currículo. Não que signifique muito em conhecimento, mas tem seu peso. É igual muita gente fala que faculdade não faz diferença, mas teve diversas entrevistas que eu, por ter ensino superior no currículo, só consegui por causa disso. Tem empresas sim que só cogitam profissionais que têm diploma. Stack Atual: AWS Serverless e IaC Emanuel: Depois que eu saí dessa empresa do Kubernetes, minha stack mudou mais um pouco. A empresa atual que eu tô não usa Kubernetes e ela usa 100% ferramentas serverless da AWS. Então meu mundo virou 100% cloud agora. Minha stack atual é AWS, eu uso Terraform com Terragrunt e Docker, que a gente usa o ECS (serviço gerenciado da AWS para provisionar contêineres). Ele funciona como o Docker Swarm, só que por ser proprietário da AWS, tem umas diferencinhas. É bem interessante. LinkedIn Eficiente: Ser Procurado em Vez de Procurar Gabriel: [ __ ] cara, você falou de um ponto muito interessante que foi a questão de você ser procurado quando montou o LinkedIn eficiente. Isso é uma coisa que aconteceu comigo também. Quando consegui montar o LinkedIn bom, a situação se reverteu. Acho que se você que tá vendo isso agora quer conseguir [vaga] em dólar, tem que ter a noção: um percentual muito pequeno [no Brasil] manja de falar inglês. Se você faz parte desse percentual e estrutura as coisas direito (currículo, portfólio), você consegue ser procurado, ao invés de ficar indo atrás. Fico feliz de saber que aconteceu com você também. Para mim foi o pulo do gato. Isso é uma coisa que vou colocar na Devly. Se você tiver vendo isso no futuro e já tiver online, vai ter coisa aí. Quero aprofundar como criar um LinkedIn que vai fazer as pessoas irem atrás de você. Soft Skills Cruciais para o Mercado Internacional Gabriel: E assim, o que você acha de skill comportamental, de soft skills, que foi crucial para você conseguir o trampo atual? Uma coisa que eu vi foi que você teve o pulo do gato de trazer inovações para dentro de processos da sua empresa. Isso foi excelente, ter a noção de "ok, temos um processo ruim, vamos melhorar", aquela coisa de ownership. Mas não só isso, ter uma visão fora da caixa. Qual sua opinião sobre as skills cruciais? Emanuel: Cara, eu acho que o que a galera lá fora mais valoriza, disparado assim, é você perceber algo tipo: "Ah, isso aqui vai trazer valor pra empresa por causa disso e disso". Pensar mais no produto como um todo do que no seu código, na sua stack. É aquele clichê do "pense como um dono", mas não na questão de só dinheiro, na questão de tipo: "Pô, se eu implementar isso aqui, vou melhorar a eficiência do app em X%". Isso aí os caras valorizam demais. Porque às vezes você aponta um problema que o cara nem sabe que tem. Você fala: "Cara, acho que se a gente implementar essa mudança, vamos economizar X% e o app vai melhorar tantos por cento". Ou você só muda um negócio cultural, tipo: "Acho que nas dailies seria importante abordar isso". O cara: "Opa!". São essas pequenas mudanças, nem sempre técnicas, que você faz, apontando algo que pode ser melhorado. Eles valorizam muito. Gabriel: E você acaba sendo destacado, né? Quando sugere coisas assim, em geral as empresas gostam quando você tem participação ativa. Elas querem melhorar, não só internamente, mas externamente. Se você melhora um processo e aumenta o lucro, é óbvio que vão ter olhares em cima disso. Isso é interessante, como trabalhador, ter esse potencial de interferir diretamente no negócio. Emanuel: É aquele negócio, tenta sempre ir embora deixando melhor do que você encontrou. Às vezes não é nem um processo de software. É um processo [interno], sei lá, você pensa: "Pô, acho que o processo de onboarding da galera tá uma bosta". Aí você sugere: "Cara, acho que o processo de onboarding deveria abordar isso, isso e isso, e tirar isso, isso e isso que é inútil". O cara: "Pô, moleque é um deus!". Gabriel: E muitas vezes, se você participa do processo seletivo, seu olhar técnico é muito interessante, porque às vezes quem organiza é gerência sem tempo ou RH não técnico. Emanuel: Teve uma entrevista que os caras gostaram muito de mim só porque eu fiz um rolê muito simples. Eu não fui até o final porque recusei (já estava no emprego atual), mas eles gostaram porque eu sabia sobre a empresa. Li aquela página de valores da empresa. Na entrevista com a menina do RH, eu só lembrei do que li, falei: "Ah, não preciso explicar a empresa, a empresa faz isso, referência nisso...". Nossa, a mulher ficou maravilhada. Cheguei na entrevista técnica, o cara: "Ah, você é o cara que já sabia da empresa, né?". Achei muito engraçado. Gabriel: Cara, mas isso é um ponto muito interessante. Tem muitos processos seletivos em que as pessoas vão sem saber nem qual empresa é. Se você estudar sobre a empresa, já vai estar na vantagem de muita gente. Emanuel: Galera, não tem desculpa. Todo entrevistador odeia candidato que chega: "Mano, quanto que é o salário? Qual é o benefício?". Não faz isso nunca. Vendendo seu Peixe na Entrevista Gabriel: Massa. Aproveitando que a gente tá falando de entrevista, como que você vende o seu peixe? Como você vende sua história pra falar: "Não, beleza, eu sou [bom] e eu vou garantir que seu produto fique melhor"? Emanuel: Cara, isso depende muito, aí volta a questão de você ler sobre a empresa. Tem empresa que tudo se cerca sobre os valores, a galera fica muito "ah, porque os valores...". E tem empresa que o cara é aquele corporatezão: "Mano, eu quero aqui soluções técnicas, papo técnico". Na empresa corporate zona, como você vende seu peixe? Fala: "Cara, eu posso melhorar os seus processos". Sei lá, o cara tem um monolito de 20 anos, você fala: "Mano, eu já estrangulei um monolito uma vez, então eu consigo separar o seu negócio em microsserviços e garantir uma disponibilidade maior pro seu app". Pô, só nesse papo você já abriu porta pro cara fazer um monte de pergunta. E cada pergunta que você responder é o seu peixe sendo valorizado. O cara vai falar: "Pô, pera aí, o moleque já sabe que monolito é um problema, ele já sabe o que é microsserviço". Aí ele vai começar a te mandar perguntas de microsserviço. Outra questão muito boa para entrevistas é: não seja o cara que fica caladão. Tenta conduzir a entrevista. Quando você conduz, as perguntas que vão vir para você vão ser mais fáceis, porque o cara vai ser meio que conduzido a fazer as perguntas que você quer responder. E o cara percebe que você tem mais atitude. Tem uma falha muito grande que a galera de TI tem, e parece que quanto mais o cara sabe, mais isso acontece: você sabe muito, mas em qualquer trampo de engenharia, se a comunicação for ruim, tudo dá errado. Imagina, você vai precisar do cara da infra uma hora, e você é o dev: "Ah, cara, precisava que isso aqui fosse uma função lambda...", só que você não sabe explicar direito. Aí o cara faz um negócio que para você não serve. Vocês perderam uma semana de trabalho. Você acha que seu gerente vai ficar feliz? Gabriel: Exato. [...] é na lata, tá ligado? É como eu tô colocando no Devly, é sem firula. [...] Mas assim, quando você fez o processo seletivo e recebeu uma proposta, como é que foi isso? A Proposta, Benefícios e a Sensação da Conquista Gabriel: Como você se sentiu? Porque deve ser do [ __ ] você chegar e "Velho, recebi o aceite!". E com relação aos benefícios que a sua empresa te dá? Emanuel: Cara, na empresa que eu tava antes dessa aqui no Brasil, eu era PJ e praticamente não tinha benefício nenhum. Era salário e fazia PJ cru, 16 horas por dia. Queria hora extra? "Não, tu é PJ". Nossa, era horrível. E aí quando entrei nessa empresa, os caras falaram: "Seu salário vai ser tanto, você vai ter direito a...". Eles têm um benefício do MacBook (se você pegar, eles pagam metade), têm outro de $500 todo ano para periféricos (fone, mouse), $120 por mês para bem-estar (academia, sei lá), benefício de saúde mental (psicólogo, eles pagam também). E tem uns benefícios que eles não falam, você só descobre. Por exemplo, ano passado, no Natal, chegou uma cesta aqui... Sabe aquele meme do "obrigado pelo seu desempenho" com um chocolate? Cara, aqui chegou uma cesta que dava para passar o Natal e Ano Novo sem comprar um pingo de álcool de tanta coisa: champanhe, whisky, todas as bebidas possíveis, seis panetones, um monte de comida. Nossa, era uma caixa gigante. Quando comecei a perceber essas diferenças, fiquei tipo: "Pô, de repente trabalho não precisa ser tão ruim quanto era". E você se sente valorizado, pô. Muito, extremamente. Você se sente uma pessoa importante. O que eu fico mais agradecido é que o CEO, toda a liderança da empresa, são caras técnicos. E cara, quando isso acontece, você se sente muito valorizado. Porque normalmente, quando a liderança não é técnica e você faz melhoria técnica, os caras mandam tipo "Pô, massa". Quando os caras entendem o que tu fez, tu fala "Mano, fiz isso, melhorou isso", pô, os caras ficam tipo "Nossa, um dos melhores, tu é gigante!". E cara, isso não tem preço. Porque às vezes tu se mata para fazer um bagulho e ninguém dá bola. E aí quando a galera liga, dá uma moral, você fica tipo "Pô, dá vontade de continuar estudando". Gabriel: [ __ ] massa cara. E assim, quando você recebeu o aceite, como foi? Sentiu frio na barriga? Emanuel: Cara, foi uma semana rindo pras paredes. Tipo, "Eu não acredito que tá acontecendo!". Porque eu ficava pensando: "Mano, eu já tô ganhando o que a galera ia ganhar no final de carreira, eu tô ganhando no começo da minha". Foi tipo, muito irreal. Comecei a pesquisar salários da posição que eu tinha, sênior, e tipo, muitas vezes era menos do que me ofereceram. Fiquei tipo: "Cara, que massa, velho!". A Realidade do Trabalho Remoto Internacional Gabriel: Agora, como é a realidade no trampo pra gringa? Teve muito rolê lidando com fuso horário? Trabalha no fuso deles ou no nosso? Emanuel: A minha empresa é remote-first, não tem escritório em nenhum lugar do mundo, é totalmente remoto. A questão de fuso horário pra gente é muito sinistra. Tem galera aqui do Brasil, da Turquia, dos EUA (não sei onde ficam, mas usam fuso de lá), República Dominicana. Do Brasil pra Turquia são 6 horas de diferença. Às vezes eu acordo um pouco mais cedo porque preciso fazer um lance para algum cara da Turquia. Mas por ser remote-first, eu meio que posso fazer o horário que eu quero. Todo dia faço um horário um pouco diferente, dependendo da demanda. E o mais proveitoso disso é: ah, cara, tem dia que consegui resolver todos os meus tickets. Deixo o Slack ligado no celular e meu dia acabou, até alguém mandar mensagem. É muito bom. Gabriel: Essa liberdade... Às vezes você acaba trabalhando mais por entrega do que por horas. Beleza, termina um pouco antes, no dia seguinte precisa ficar um pouco a mais, e vai regulando. Isso é legal do trabalho remoto, o conforto de ficar em casa, não ter que pegar trânsito... Isso é [ __ ]. E isso é uma coisa que eu queria muito focar no Devly, trazer essa oportunidade. Emanuel: E a galera lá, por ser remote-first, entende que o cara tá em outro fuso. Ninguém fica naquele negócio de "Mano, preciso disso agora!". Como eu cuido da infra, a gente já pensa na arquitetura para isso nunca acontecer, nunca ser "Caiu tudo, resolve agora!". A gente sempre pensa: "Preciso pensar nisso aqui para ele ser regenerativo, deu pau, ele se conserta sozinho". Não quero ter desespero. No meu emprego antigo do Kubernetes, era negócio de 3 da manhã ter que resolver pepino. Ninguém merece. Entrevistando o Entrevistador Gabriel: Lembrei o que ia falar mais cedo. Quando você tá numa entrevista, é importante saber entrevistar o entrevistador também. Igualmente como a empresa quer te conhecer, você tem que saber com quem você vai trabalhar. Eu tento entender quais são os problemas, as dores a curto, médio e longo prazo. Chego e falo: "Pô, entendi o produto, a stack. Quais são os problemas que vocês têm hoje? Como eu posso ajudar a solucionar?". Aí posso guiar a entrevista e trazer coisas da minha experiência passada que podem me dar muito bem. Emanuel: Outra coisa também é que a galera gosta muito... Por exemplo, você tá começando a carreira mas quer um lance em dólar. Ainda é possível. Tem empresas lá fora que valorizam muito essa sua vontade. Às vezes você tá na entrevista, viu que eles usam a tecnologia X. Você fala: "Cara, nunca usei a tecnologia X, mas sempre quis aprender". Aí você embasa: "Pô, já vi isso, já testei tais coisas da tecnologia X, queria saber como você usou na sua empresa?". Quando você faz uma pergunta dessa, o entrevistador vê que você não tá jogando lero-lero, tá realmente tipo: "Pô, esse moleque aí tá afim". Eles dão uma valorizada legal nisso também. Burocracia: PJ, Invoice e Impostos Gabriel: Voltando para a realidade do trampo na gringa. Você achou muito rolê quando fez essa transição? Tipo, PJ ou pessoa física pra fora? Emissão de invoices, nota fiscal, impostos (PF paga 27.5%, PJ tem margens menores)? Como você fez isso? Emanuel: Lá na minha empresa, no Slack, tem um canal "Brasil", só brasileiro. Mandei mensagem lá: "E aí galera, qual o melhor jeito?". A galera foi me orientando. Mas minha empresa especificamente tem uma plataforma chamada Zoho, você emite o Invoice pela própria plataforma deles, então fica muito facilitado. Aí quando a empresa te paga, você só precisa emitir uma nota fiscal aqui no Brasil e mandar o dinheiro pra conta PJ. Foi bem simplificado. Gabriel: Pô legal, cara. Isso é uma coisa que um dos focos da mentoria no Devly vai ser sobre isso. Beleza, já tá trampando ou recebeu aceite, como estruturar isso? Para garantir que você não caia em malha fina. Valeu a Pena Financeiramente? Gabriel: Agora uma pergunta óbvia: valeu a pena financeiramente? Emanuel: Pô, se eu for botar no jeito fácil da galera entender: mano, adiantou 10 anos na minha vida. Você fica pensando: "Ah, quero comprar um imóvel". Pensa lá, no teu emprego [anterior], tu ia ter que trabalhar 10 anos a mais pra comprar seu imóvel. E agora é 10 anos a menos. Pô, 10 anos é muito! E pô, me considero no início da carreira, então esse salário tem [espaço] pra aumentar muito. Desafios Superados: Soft e Hard Skills Gabriel: Só pra ir pros finalmentes... Qual foi o maior desafio que você superou até agora em soft skills e em hard skills? (Essa pergunta aparece em muitas entrevistas, tenham ela preparada!) Emanuel: Cara, de soft skills, na maioria das vezes foi problema com liderança. Problemas que precisavam ser resolvidos e a liderança não concordava. Aí você tem que ser muito "algodão dos cristais", tentar convencer os caras sem eles acharem ruim. Explicando aos poucos, negociação. Principalmente com cara que não é técnico. Você não adianta falar: "Vou melhorar a disponibilidade usando isso aqui...". O cara vai falar: "Mano, meu dinheiro tá entrando, caguei pra você". Você tem que falar na língua dele: "Cara, acho que a gente tá deixando de ganhar dinheiro nisso aqui. Olha só, caiu tantas vezes. Se a gente fizesse de tal forma, ia aumentar o custo X%, mas o lucro ia aumentar 4X, então vale a pena". Gabriel: Não adianta querer falar português com grego. Se você é técnico falando com negócio, tem que saber traduzir sua perspectiva técnica para o negócio. Emanuel: Não importa quão bom engenheiro você é, se não sabe se comunicar, ferrou. O cara que sabe 1/5 do que você sabe, mas sabe se comunicar, sempre vão escolher ele para ganhar mais. Se fosse escolher uma soft skill para masterizar, é comunicação. Na questão do inglês, tem gente que acha que precisa ser fluente, sem erro de gramática. Cara, não precisa. O cara quer que você entenda ele e ele quer te entender. Pronto. B2 da vida? Resolvido 90% das empresas. Tem 10% que vão pedir inglês perfeito porque você vai fazer reunião com cliente. Mas empresa que você lida só com time técnico, o cara não tá nem aí. Agora de hard skill... Vai depender muito do que você quer. Vejo que a maioria dos iniciantes tem dificuldade de saber a stack que quer focar. No meu emprego atual, infraestrutura como código. A maior dificuldade foi realmente começar a pensar nas coisas como IaC. Eu era acostumado a criar direto (CLI, interface). Quando veio IaC, mudou totalmente. Tinha que pensar em módulos, versionamento, usar melhores aproximações, pensar em DRY, código idempotente... Isso foi meu maior desafio técnico. E se não for no mundo AWS, redes. Redes pega muito. Entrevistador pergunta muito. Tipo, entrevista de júnior, o cara vai perguntar: "Qual a diferença de load balancer camada 4 e camada 7?". Redes eles sempre vão pegar porque sabem que a galera não gosta de estudar redes, é conteúdo maçante, então dão uma filtrada boa por aí. Dica de Ouro para Quem Está Próximo da Virada Gabriel: Boa, cara. Qual dica de ouro você daria para uma pessoa que já tá pleno/sênior, talvez tech lead, mas que essa chave [de ir pra vaga gringa] virou pra pessoa agora? O que você diria pra essa pessoa nesse momento? Emanuel: Hum... Estuda desacoplamento de serviços, cara. Isso não importa se você trabalha com Kubernetes, ECS, não importa sua stack, se é dev ou devops. Tem que saber desacoplar seus serviços. Ah, meu app é service-based (frontend, backend, BFF), mas seu backend tá virando um monstro, quase monolito. Tem que aprender a desacoplar. No mundo cloud, ia dividir em função lambda, outros serviços. No Kubernetes, vários microsserviços. E isso sempre vai vir acompanhado de outra história que entrevistador adora: fila e mensageria. Você vai precisar dos dois para fazer o desacoplamento. Eles sempre vão perguntar essas três coisas. Desacoplamento de serviços sempre vai estar lá. Mensagem Final: Arrisque-se e Não Desista! Gabriel: [ __ ] cara, massa. Acho que pode ajudar muita gente. Você tem alguma coisa que gostaria de adicionar antes da gente ir pros encerramentos? Emanuel: Cara, acho que um negócio do brasileiro mesmo, cultural: a galera tem medo de se arriscar. Então, acho que essa mensagem que eu ia deixar: galera, se arrisca mais! Não tem medo de chegar na entrevista e passar vergonha. É impossível passar nas primeiras 50, 100, 200 entrevistas. Você tem que passar vergonha nas primeiras para entender como o gringo pensa. Não existe passar na entrevista sem saber como o cara pensa. Você tem que jogar o jogo. Enquanto não perder várias vezes, você vai estar muito fora da caixinha. Pode ter feito 1000 entrevistas no Brasil, nenhuma vai ser igual. Gabriel: Exato. Tudo na vida você estuda. Quanto você já estudou pra ficar bom em programação? Vai ter que fazer a mesma coisa para entrevista. Você precisa de UM sim. Vai tomar 50 nãos para receber um sim. É chato, frustrante, desgastante. Vai ter hora que você fala: "Não aguento mais". Mas toda vez você vai esquecer disso quando ver no final do mês o dólar caindo... [risos] Emanuel: Sorriso aqui ó! [risos] Gabriel: É importante não desistir. É um esforço. Eu estudei quase três anos pra conseguir, porque tive que aprender o processo, não sabia me vender. Emanuel: Não era falta de conhecimento técnico! Muita gente acha: "Ah, porque eu não sei o suficiente". Cara, maioria dos empregos dá oportunidade para aprender lá. O cara só quer alguém que ele saiba que pode contar. Claro, precisa de conhecimento técnico, mas não precisa ser o próximo Linus Torvalds. Pode ser um cara normal. Gabriel: E não deixa bater a síndrome de impostor. Você vai tomar não pra [ __ ], vai ser assim mesmo. Vai chegar num ponto... Eu fui assim, tomei tanto não que fiquei: "[ __ ], não é possível, que merda que eu sou!". Mas veio logo depois. Emanuel: É sempre assim. Quando consegui esse emprego, eu tinha recebido um não e falei: "Cara, acho que tá na hora de mudar a estratégia". Tinha começado a papelada para me mudar para Portugal, para me inserir no mercado lá. Quando o processo estava 90% feito, consegui meu trabalho atual. A Missão da Devly e a Adaptação à Stack Gabriel: [ __ ] massa, velho. E assim, para você que tá vendo isso, vou dar meu máximo dentro do Devly para trazer coisas que você vai poder usar para construir currículo, LinkedIn, e se preparar para entrevista e ganhar em dólar. Minha meta é botar isso de graça para todo mundo usar, porque acho que esse conhecimento é valioso e pode ajudar muita gente. Se quiser contato mais próximo, tem a mentoria. Estamos junto, vamos fazer todo mundo ganhar dólar! O brasileiro é um povo dedicado, a gente consegue dominar muito mais espaços no setor tech. Essa é minha missão. Emanuel: Última dica pra galera: não peguem apego a stack. Amor não paga conta. Tenho amigo apaixonado no Laravel. Não pode ser apaixonado no framework esperando conseguir emprego. Tem que ver o que o mercado oferece e o que você pode oferecer em troca. Eu, pessoalmente, não sou fã de cloud, meu começo foi data center, mas falei: "Cara, o mercado não é isso que ele quer". Procurem sempre aprender o que o mercado quer, não o que você tá afim. Gabriel: Stack é ferramenta. Nosso trabalho é organizar soluções, resolver problema a partir do conhecimento técnico e traduzir em soluções. Não importa a stack. Emanuel: Perfeito. Encerramento e Contatos Gabriel: Não podia encerrar melhor. Cara, queria agradecer demais, Emanuel. Muito obrigado por ter colado aqui, primeiro entrevistado do Devly. Você trouxe um aprofundamento muito interessante. Muito legal ouvir sobre sua carreira. Espero que isso consiga ajudar as pessoas, usar você como inspiração. Obrigado de novo! E boa sorte pra galera que for fazer entrevista, hein? Vai precisar! Cara, se quiser falar aqui agora seu LinkedIn, GitHub, onde podem te encontrar... Depois me passa certinho que eu coloco dentro do Devly também. Emanuel: Show, show. Eu passo por link... Falo aqui? Gabriel: Acho que pode falar e depois eu coloco os links. Emanuel: GitHub: Emanuel-Ribeiro. E LinkedIn acho que também tá Emanuel-Ribeiro. Vai ficar disponibilizado aí pra galera dar um check. Gabriel: Não, beleza, vou colocar lá então. E muito obrigado, velho! Muito obrigado por terem visto até o fim aqui, porque acho que vai ser um conhecimento de ouro para vocês. E vou me esforçar o máximo para que vocês consigam também alcançar o que o Emanuel conseguiu e o que eu acabei conseguindo também. Muito obrigado a todo mundo! Emanuel: Muito obrigado! Valeu, até mais! Gabriel: [Encerra gravação]

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